O cadeirante hamburguense Jorge Valdir Strick, de 46 anos, estava em Estância Velha, e iria para Novo Hamburgo, de ônibus. Porém, o cidadão precisou esperar por três horas até que o seu ônibus chegasse, devido o desrespeito da empresa que circula pelas ruas da cidade, e que faz a linha entre Ivoti e Novo Hamburgo, passando por Estância Velha. O fato ocorreu no início desta tarde, em uma parada no Centro da cidade, na rua Anita Garibaldi.
Jorge chegou à parada de ônibus ao meio-dia. Passaram sete ônibus da empresa Socaltur, que faziam a linha Ivoti - Novo Hamburgo, a qual o cadeirante iria acessar. Apesar disso, nenhum dos veículos possuía o sistema de acessibilidade para deficientes físicos, descumprindo com a lei 10.098/2000, que no artigo 16 diz que os veículos de transporte coletivo devem cumprir todos os requisitos de acessibilidade estabelecidos em normas técnicas específicas. Jorge estava revoltado com a situação. “É um absurdo o que fazem Com a gente. Essas empresas não nos respeitam. Para nós, deficientes, é sempre mais difícil. Precisamos ter acessibilidade para todos”.
A equipe do Refúgio da Foca telefonou para a empresa Socaltur às 14h20, questionando os motivos da demora de um ônibus adaptado aparecer. Até aquele momento, só passou um veículo adaptado, no sentido inverso da linha. A empresa respondeu que possui em sua frota apenas três ônibus com acessibilidade, sendo que um deles estava quebrado, e o outro estava na garagem. A Socaltur também pronunciou que a falta de circulação de ônibus adaptados se deve ao fato de as paradas de ônibus estarem em condições precárias, responsabilizando as prefeituras das cidades onde a empresa atua, lembrando com ênfase para o caso de Estância Velha.
Procuramos a prefeitura de Estância Velha para responder as acusações, porém, não tivemos retorno imediato. Em breve, traremos novas informações sobre este caso. Passados 15 minutos após a nossa ligação, a empresa disponibilizou um ônibus adaptado, saindo de Ivoti. Somente às 15h04 que o ônibus chegou, para que Jorge pudesse seguir o seu caminho.



9 comentários:
Não foram 3 horas, mas sim 4 horas.
Meio dia a um. Uma as duas. Duas as três. É, alguém não sabe contar.
"A Socaltur também pronunciou que a falta de circulação de ônibus adaptados se deve ao fato de as paradas de ônibus estarem em condições precárias(...)"
Hã? O que tem a ver uma coisa com a outra? Eles possuem 3 veículos adaptados e culpam as condições precárias? Não entendi a relação que fizeram para dar a desculpa, sendo que por lei TODOS os ônibus deveriam ser adaptados.
isso é o Brasil um empurra a responsabilidade para o outro, desde o tempo da monarquia é assim, lamentavel isso! sem contar o dorte calor nesse dia.
Sei que nada justifica... mas o fato de as paradas estarem em estado precario prejudica no funcionamento correto do equipamento ficando mais dificil a entrada e saida de cadeirantes, visto que as calçadas e meio-fios das paradas estão destruidos e sem a altura adequada para que o equipemento faça o seu real trabalho... mas como nada justifica, se fosse eu, na primeira meia hora já teria ligado para o Papa que fosse, para resolver o problema.
vergonha!
Excelente matéria! eu que tive uma irmã cadeirante sei das dificuldades enfrentadas por eles todos os dias! Tanto a prefeitura quanto a empresa de ônibus precisam trabalhar juntos, não adianta ficar jogando a culpa de um pra outro...
O cadeirante não chegou ao meio-dia, mas sim às 11 horas da manhã. Então são 4 horas.
Bom, independente do tempo em que o cadeirante esperou pelo ônibus, foi uma situação completamente absurda que a empresa fez com ele. Porém, posso garantir que o homem estava na parada desde o meio-dia, pois EU MESMO falei com ele e ELE MESMO me disse que estava desde o meio-dia (tenho a conversa gravada). Pois é, acho que alguém aí sabe mais do que o próprio personagem desta história.
Em vez de preocuparmos com o tempo que este homem ficou lá esperando pelo ônibus, sendo que vários deles passaram, deveríamos dar atenção às pessoas portadoras de deficiência. É preciso sim que as autoridades deem mais oportunidades aos cadeirantes.
Portanto cabe à nós, cidadãos, cobrar as autoridades e as empresas de ônibus (que todos os dias recolhem rios de dinheiro de homens e mulheres que precisam trabalhar) a colaborar com isso. Você, que afirma que ele chegou no local às 11 horas, já se pôs no lugar dele? Ia gostar de ter o direito de ir e vir abalado, devido a falta de respeito de uma empresa de ônibus? Acho melhor você entender a situação, e também fazer a sua parte para acabar com a esta falta de respeito com todos os cidadãos de nosso país, e não ficar aí questionando o trabalho de alguém que só pensa em fazer o que é melhor para a nossa sociedade.
Desde já, agradeço a atenção.
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